quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Poesia e Ironia

                                                                                                          The Real Tuesday Weld
O artista inglês Stephen Coates, líder de The Real Tuesday Weld, ao contar sobre como surgiu a banda, disse que teve sonhos muito "vivos" em duas noites seguidas. No primeiro ele conversava com o crooner dos anos 30 Al Bowlly e no segundo, ele se encontrava com a atriz Tuesday Weld. Esses sonhos, mais uma série de acontecimentos em um curto período o levaram a crer que seu inconsciente estava lhe dizendo para trabalhar com música. Coates, que é também cantor e multinstrumentista, reuniu-se com outros excelentes músicos e fundou no ano 2000 a banda Tuesday Weld, que depois mudou de nome para The Real Tuesday Weld. Clerkenwell Kid (como também é conhecido Coates) define o som da banda como Antique Beat, que é uma mistura de elementos dentre os quais a Dixieland do início do século XX, influência de Al Bowlly (obviamente) e de Brian Eno,  programações eletrônicas, samples, vocal que às vezes lembra Mark Sandman do Morphine e arranjos muito bem elaborados e de muita personalidade, onde belas melodias, por vezes até alegres são uma cama perfeita para a ironia das letras. Postarei a seguir o álbum mais recente, "The London Book Of The Dead" (2007). É só baixar e degustar.
Pablo
Mais informações: no site oficial  www.tuesdayweld.com
The London Book Of The Dead

1 Blood Sugar Love
2 The Decline and Fall of the Clerkenwell Kid
3 It's a Wonderful Li(f)e
4 Cloud Cuckooland
5  kix
6 Love Sugar Blood
7 I Loved London
8  I Believe
9 Song For William
10  Waltz For One
11 Ruth, Roses and Revolvers
12 Dorothy Parker Blue
13 Last Words
14  Into The Trees
15 Bringing the Body Back Home
16 Apart

2 comentários:

  1. Baixei e simplesmente adorei!
    Disco Fantástico e encontador.
    Obrigado por disponibilzar caros amigos!!!

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  2. Valeu, Pedrão. Esperamos que vc continue participando. Abração, meu caro

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Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani