quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Arcade Fire vai transmitir show ao vivo pela internet , HOJE dia 5.

Atenção galera! O Arcade Fire vai transmitir ao vivo no Youtube o show de seu novo disco "The Suburbs", através do canal Vevo,que é especializado em vídeos musicais.O show será dirigido pelo cineasta Terry Gilliam.
Embora não tenhamos ainda publicado aqui no Radar, uma resenha sobre a banda, muitos dos sons presentes aqui, tem relação direta com os caras canadenses. Eu os considero uma das melhores bandas na ativa hoje.
Se você vai ficar em casa, não vai a abertura do Fit (aqui em BH) e nem vai ver o debate presidencial, com certeza o melhor programa é esse! Horário de Brasília : 21 Horas.


 

terça-feira, 27 de julho de 2010

Datarock

Imagine o Prince nascido na Noruega, com uns quilinhos a mais usando uma peruca do James Brown, track suit (dessas de moleton, bem anos 80, com capuz e tudo) vermelha e óculos escuros Porsche vintage estilo aviador fazendo o gesto da saudação dos vulcanianos. Bizarro? Se você não conseguiu imaginar tal criatura dê uma olhada na foto abaixo. Esta é a figura de Fredrik Saroea, frontman da banda Datarock.



Formado em 2000 na cidade de Bergen, Noruega por Fredrik Saroea e Ketil Mosnes (o outro cara da foto), além de Kevin O'Brien e Tom Mælandem (que posteriormente deixaram a banda), o Datarock é uma vitrine das próprias influências de seus integrantes, que incluem não apenas música, mas tudo o que os cerca. Seu estilo é uma mistura esquisita do som dos anos 70 e inicio dos 80 (soul, disco, post punk, new wave, no wave), a cultura nerd em geral (daí a adoção do cumprimento feito pelos conterrâneos do Sr. Spock) , street dance, BMX (bicicletas com rodas de 20 polegadas usadas em corridas com saltos e manobras radicais), arte experimental e tecnologia da informação. E suas letras falam sobre tudo isso. É demais. E o visual dos caras é o mesmo em todas as suas apresentações; sempre com o traje esportivo vermelho e tênis vermelhos.

Entre as bandas que mais influenciaram o som do Datarock está o Talking Heads. Há várias músicas que mostram sua idolatria pela banda como a "True Stories" do disco "Red"  que tem a letra composta por nomes de músicas de David Byrne e sua turma. 
Em 2005 eles lançaram o primeiro disco, "Datarock Datarock" em 10 países, pelo seu próprio selo, o YAP(Young Aspiring Professionals). Em 2009 veio o álbum "Red".

O disco que disponibilizarei é o primeiro, que teve suas faixas nas listas das mais tocadas na Inglaterra e Austrália. O disco começa com "Bulldozer" que fala da sua paixão por BMX, que segundo eles é melhor que sexo. Na música "Princess" há uma referência ao filme "Contatos imediatos de terceiro grau". Em "Fa-Fa-Fa", referência à "Psycho Killer" do "Talking Heads: 77", e em "Sex me Up" eles encarnam o próprio Talking Heads principalmente no vocal gritado e meio desafinado que no final do refrão solta um HEY!. "Computer Camp Love" fala de uma paixão nos anos 80 em um acampamento só de Nerds. A última, "The Most Beautiful Girl" tem uma atmosfera meio Kraftwerk com as baterias eletrônicas com sonoridade anos 70. Todas são dançantes, não dá pra ficar parado escutando. Enfim, esta é a salada bizarra que faz o som tão interessante do Datarock. Baixe o disco, ouça, divirta-se e comente. Até a próxima postagem. Vida longa e próspera.
                                                                                                                             Pablo


Datarock é:  Fredrik Saroea – Vocal, guitarra, bateria, teclados
                   Ketil Mosnes – baixo, teclados, backing vocal

Mais informações:  Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Datarock
                             MySpace: www.myspace.com/datarock
                             Site oficial: www.datarockmusic.com/
 Datarock Datarock
1. Bulldozer
2. I Used To Dance With My Daddy
3. Computer Camp Love
4. Fa-Fa-Fa
5. Princess
6. Ganguro Girl
7. See What I Care
8. Laurie
9. The New Song
10. Ugly Primadonna
11. Sex Me Up
12. The Most Beautiful Girl
13. I Will Always Remember You
14. Computer Camp Love (video)
15. Fa-Fa-Fa (video)
16. Bulldozer (video) 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

The Maccabees - Os ingleses ainda surpreendem!

                                                                The Maccabees

 Pois é; O rock inglês ainda pode surpreender. È o caso da banda do sul de Londres, The Maccabees.
Com o nome escolhido aleatoriamente ao abrir a bíblia, os caras se intitulam ateus e suas músicas nada tem a ver com motivos religiosos...
Considerados como Indie rock, vão muito além do som óbvio e das influências pós-punk, puramente dançantes. A estranha e bela voz do vocalista Orlando Weeks e atmosferas por vezes densas e angustiantes mescladas a momentos de doçura, garantem ao quinteto londrino um som cheio de identidade, onde também se pode perceber suas raízes.Ótimos arranjos, energia, boas letras e melodias completam o quadro.
O primeiro Single foi gravado em 2005 e o primeiro álbum, Colour It In foi lançado em 2007.
O disco escolhido para postagem, foi o segundo da banda: Wall Of Arms, lançado em 2009; Gosto de todas as músicas, mas particularmente da faixa 06, que me pegou desde o primeiro segundo de audição; Nas minhas pesquisas por aí na net, li sobre a banda e vi justamente o clipe de No Kind Words(faixa 06). Foi amor à primeira vista... È para mim um daqueles discos, que sempre tem que rolar para a galera e que ainda não me cansei de ouvir. Espero que vocês curtam. Até o próximo post,
                                                                                                               Dani.

The Maccabees è:

  • Orlando Weeks – Vocals and Guitar
  • Hugo White – Guitar
  • Felix White – Backing Vocals and Guitar
  • Rupert Jarvis – Bass
  • Sam Doyle – Drums
Mais informações:http://www.myspace.com/themaccabees
                           http://www.themaccabees.co.uk/

                  Download:                       
                                     01. Love You Better
                                     02. One Hand Holding
                                     03. Can You Give It
                                     04. Young Lions
                                     05. Wall Of Arms
                                     06. No Kind Words
                                     07. Dinosaurs
                                     08. Kiss And Resolve
                                     09. William Powers
                                     10. Seventeen Hands
                                     11. Bag Of Bones

quinta-feira, 29 de abril de 2010

The Kills: O que não te mata, te fortalece!

                                                                          The Kills
 

 Um encontro apadrinhado pelo acaso, pode mesmo mudar as nossas vidas;
Esse é o caso da banda The kills.
A americana Alison"w"Mosshart ouviu alguém ensaiando num quarto de
hotel acima do seu; Era o Inglês Jamie"Hotel"Hince. Começaram, então,
a enviar os seus trabalhos por correio um para o outro, até que Alison resolveu
viajar para Londres para juntar-se a Jamie...Assim nascia o The Kills em 2000.
Juntos, eles descobriram muitas influências em comum; Ambos haviam
feito escola de arte e  tinham fixação por Andy Warhol e pela atriz
Edie Sedgwick e Velvet Underground; Se espelhavam em discos do Cabaret
Voltaire e Suicide e admiravam o movimento punk inglês e americano de raiz.
O som do The kills é um rock denso, cru e sexy, cheio de energia. A
mistura deu mesmo certo. Depois que você ouvir um primeiro disco,
considere-se fisgado; Vai querer baixar todos os outros.
O som deles é considerado como Indie, Pós punk, Lo-fi ,Garage rock,
Alternative... Considero que todos esses elementos estão presentes,com dosagens diferentes em cada disco. Mas o mais importante é que muito além de rótulos, o som do duo é carregado de
identidade, ousadia, novidade, energia criativa e uma pitada de ironia e
cinismo. E mais: se você gosta de bom rock vibrante, não vai
conseguir ficar parado. O disco para download colocado aqui é o
Midnight Boom de 2008, terceiro disco de estúdio da banda, que na
minha opinião é simplesmente ótimo, um dos melhores, embora todos os
outros incluindo os EP's e Singles, sejam muito bons.
Alison Mosshart atualmente também participa de uma super banda com
Jack White (do The White Stripes e The Raconteurs), Dean Fertita (do
Queens of the Stone Age) e Jack Lawrence (do The Raconteurs e The
Greenhornes), chamada "The Dead Weather", da qual falaremos também em breve.
Dica dada, agora e só aproveitar. Com vocês, The Kills!
                                                                                     Dani.
The Kills é:
Alison "VV" Mosshart(vocais e guitarra)
Jamie "Hotel" Hince (vocais, guitarra e bateria).

 Mais informacões:www.thekills.tv/
                            http://www.lastfm.com.br/music/The+Kills


                                                Download:

1. U.R.A Fever
2. Cheap and Cheerful
3. Tape Song
4. Getting Down
5. Last Day of Magic
6. Hook and Line
7. Black Balloon
8. M.E.X.I.C.O.C.U.
9. Sour Cherry
10. Alphabet Pony
11. What New York Used To Be
12. Goodnight Bad Morning

Os Nerds atacam novamente

                                                           Metronomy
Salve galera. Voltando a escrever depois de muito tempo. Estava com saudade e com os dedos implorando pra digitar algum texto mas como a vida anda uma correria louca para todos, peço desculpa por essa longa ausência e vamos ao que interessa. Música.
Conhece o Metronomy? Sempre que eu ouço essa banda inglesa eu viajo ao mesmo tempo em filmes de ficção científica com estética futurista, videoclipes cheios de luzes coloridas do anos 80, trilha sonora de jogos de Atari e histórias cyberpunks. Além disso as letras e o visual não deixam dúvidas: são NERDS mesmo. Se você gosta de música eletrônica ("de raiz") , computadores, videogames antigos, Blade Runner e principalmente de dançar, vai curtir esse som.
Metronomy surgiu em 1999 quando um cara chamado Joseph Mount começou de brincadeira a compor e gravar músicas usando seu computador. O resultado surpreendeu e ele resolveu lançar o álbum "Pip Paine (Pay The £5000 You Owe)" só com músicas instrumentais sob o nome Metronomy. Ao surgir um convite para tocar ao vivo surgiu também a necessidade de chamar outros músicos para executar as composições. Assim Oscar Cash e Gabriel Stebbing se juntaram a Joseph e o Metronomy se tornou uma banda realmente, com concepções de estética para os shows ao vivo com roupas que piscam, dancinhas e tudo mais.
Em 2008 lançaram "Nights Out", já um disco com canções em sua maioria, com Joseph assumindo os vocais principais. Em 2009 Gabriel saiu e a banda ganhou novos integrantes: o baixista Gbenga Adelekan e a baterista Anna Prior. Suas principais influências são David Bowie, Devo, Kraftwerk, Frank Zappa, New Order e Pavement.
O disco que vou postar é o "Nights Out". Vale a pena também ver os vídeos deles, muito legais, criativos... e NERDS. Destaque para a melodia simples e grudenta de "Radio Ladio".
Até mais.
                                                                                                Pablo 
Mais informações: no Site Oficial http://www.metronomy.co.uk/
                            no MySpace:  http://www.myspace.com/metronomy
                            no Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Metronomy
Nights Out
01 Nights Intro
02 The End Of You Too
03 Radio Ladio
04 My Heart Rate Rapid
05 Heartbreaker
06 On The Motorway
07 Side 2
08 Holiday
09 A Thing For Me
10 Back On The Motorway
11 On Dancefloors
12 Nights Outro

quinta-feira, 25 de março de 2010

Beirut: Caldeirão de culturas

                                                                                      Beirut
                               
  Beleza, doçura, delicadeza... Caldeirão de culturas. A "banda" de Zachary Francis Condon, é pura harmonia com inspiração muito forte na música folk do leste europeu, com suaves intervenções eletrônicas às vezes. World music? Sim, um pouco; mas não é só isso. Ouvir Beirut pode trazer sensações misturadas e estranhas. Melancolia, saudade de coisas que você não viu e lugares onde nunca esteve. Sempre que escuto Beirut sinto alegria de viagem... sabe como é? Você sentado em um carro vendo as paisagens passarem, o coração cheio de excitação prevendo os acontecimentos. O sol filtrado pelas nuvens, o vento fresco nos pulmões... Aquela pontinha de angústia de fim de tarde mesclada com os mistérios e emocões que a noite trará... Delícia para os sentidos, acalma o coração.
Depois de viajar pela europa e ter contato com a música balcânica, Zach Condon, um americano multi-instrumentista de Santa Fé, Novo México, criou o Beirut em 2006. As formações da banda não são fixas, já que o músico para gravar, se utiliza de poucos músicos pois toca quase todos os instrumentos. As apresentações ao vivo, são feitas com cerca de seis a doze músicos. Após ter sofrido um grave acidente no pulso e impedido de tocar guitarra passou a tocar trompete e Ukulelê (espécie de violão de quatro cordas, erroneamente conhecido como guitarra havaiana) instrumentos que junto com a percussão, o acordeon e os vocais são a base da identidade inconfundível da "banda". Entre as principais influências de Zach estão o Magnetic Fields e o Arcade Fire.
Beirut também tem belas capas e vídeos que valem a pena.
O disco postado aqui é o primeiro "Gulag Orkestar" de 2006 que é uma espécie de disco duplo pois no mesmo Cd há o EP "Lon Gisland".
Há sempre uma ocasião para se ouvir Beirut e isso é muito particular para cada pessoa. Espero que vocês possam curtir e acrescentar esse som como mais uma trilha sonora para a vida. Destaque para as belíssimas "Brandeburg" e "Elephant Gun, e a dramática "Bratislava". Os próximos discos "The Flying Club Cup" evocam a música francesa e o último disco lançado "March of the Zapotec" a música Mexicana.

Zach Condon é geralmente acompanhado por Perrin Cloutier (violoncelo / acordeão), Paul Collins (órgão / teclados / pandeireta / ukulele), Jason Poranski (bandolim / ukulele), Kristin Ferebee (violino), Jon Natchez (sax barítono / bandolim / Glockenspiel), Nick petree (bateria / percussão) e Kelly Pratt (trompete / euphonium), mais a ajuda de Jeremy Barnes e Heather Trost.
                                                                                                    Dani.
Para saber mais sobre Zach Condon e Beirut:www.beirutband.com/
                                     www.lastfm.com.br/music/Beirut/+wiki

                                                 Download:
                                                        
01. "The Gulag Orkestar" – 4:38
02. "Prenzlauerberg" – 3:46
03. "Brandenburg" – 3:38
04. "Postcards from Italy" – 4:17
05. "Mount Wroclai (Idle Days)" – 3:15
06. "Rhineland (Heartland)" – 3:58
07. "Scenic World" – 2:08
08. "Bratislava" – 3:17
09. "The Bunker" – 3:13
10. "The Canals of Our City" – 2:21
11. "After the Curtain" – 2:54
+
01. "Elephant Gun" – 5:48
02. "My Family's Role in the World Revolution" – 2:07
03. "Scenic World (Second Version)" – 2:53
04. "The Long Island Sound" – 1:18
05. "Carousels" – 4:23

Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani