segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A vingança dos anos 80


                                                                     
 Você curte Pós-punk? Darkwave? Então embarque no revival da onda anos 80 e misture The Cure, Suicide, Bauhaus, Joy Division, Sisters of Mercy, New Order e Bauhaus na mesma panela e o resultado dessa mistura pode ser o She Wants Revenge.
Formada na Califórnia em 2003 por dois DJ's - Justin Warfield e "Adam12" Bravin, a banda já fez turnês com Depeche Mode e Placebo.
Na leva de bandas como o Interpol, o som dos caras te exige muito pouco e gruda no seu ouvido com bons riffs, teclados e batidas. Sabe aqueles dias, em que você só quer ouvir algo que te faça dançar e parar de pensar? She wants Revenge pode ser uma boa pedida.( O visual dos caras não dá dicas do som feito por eles e quando os vi, achei que eram uma espécie de rappers...)
Só lançaram até agora dois discos e alguns Singles. O disco postado aqui é o disco de estréia.
Em suma, She Wants Revenge é uma banda com um som legal de curtir, sem maiores pretensões. Puro anos 80, dançante, rock meio drepê, meio punk, meio eletrônico.
Prepare-se para se sacudir na grudenta  "Tear You Apart" e  sentir uma pontada nostálgica em "Someone Must Get Hurt"...  Se antes para dançar, She´s Lost Control, agora quem sabe... She wants Revenge?
                                                                                                                                                 Dani.
Mais informações: http://www.myspace.com/shewantsrevenge
                                                                          


  1. "Red Flags and Long Nights" – 5:10
  2. "These Things" – 5:14
  3. "I Don't Wanna Fall in Love" – 3:39
  4. "Out of Control" – 3:39
  5. "Monologue" – 4:56
  6. "Broken Promises for Broken Hearts" – 3:19
  7. "Sister" – 5:18
  8. "Disconnect" – 2:29
  9. "Us" – 4:23
  10. "Someone Must Get Hurt" – 4:48
  11. "Tear You Apart" – 4:46
  12. "She Loves Me, She Loves Me Not" – 5:21

Pauleira espacial

                                                                                                 The Mars Volta
 Aumenta o volume que o negócio agora é pesado. Barulhos esquisitos, vozes do além, vocais agudos, guitarras mais ainda, alienígenas e rock´n roll num clima envolvente e sufocante. A Dani já avisou que não vamos pegar leve, então aguenta. Estou falando da banda americana The Mars Volta.
Formada em 2001 por Cedric Bixler-Zavala (vocais) e Omar Rodriguez-Lopez (guitarras), The Mars Volta é considerada por muitos como uma banda de rock progressivo. Eu, particularmente acho que não é tão simples. O que ocorre é uma mistura de elementos cuja combinação pode não soar agradavelmente no início, mas quando menos se espera, você está completamente afundado na densa massa sonora que é o som destes caras. Não tenho uma definição para o estilo deles, mas posso dizer que identifico um pouco de rock setentista, psicodélico e progressivo sim, mas com uma sonoridade atual, e um cadinho de jazz fusion e outras coisas que eu nem sei. Mas isso é o de menos. Chega desse bla bla bla e vamos falar do álbum de hoje: "Amputechture".
Lançado em 2006, o terceiro disco da banda já começa com a melodia bonita e dramática da música "Vicarious Atonement", que tem uma irmã, "El Ciervo Vulnerado", última música do álbum. A faixa 5 é a linda, piegas e não menos dramática "Asilos Magdalena", com letra em castelhano, guitarra espanhola, e vocais com efeitos que parecem se dissolver no ar dando um clima etéreo à canção. Tem ainda a participação de John Frusciante, ex-Red Hot Chili Peppers, com a guitarra cheia de reverb. O resto é porrada. Com direito a riffs de guitarra bem elaborados e grudentos, solos malucos, arranjos de metais que mais parecem "desarranjos" e muita, muita energia. Pode pular, gritar, chorar e fazer "air guitar". É rock´n roll.
                                                                         Pablo
Mais informações: no Wikipedia pt.wikipedia.org/wiki/The_Mars_Volta 
                                 no site oficial www.themarsvolta.com/
Amputchture
01 Vicarious Atonement
02 Tetragrammaton
03 Vermicide
04 Meccamputechture
05 Asilos Magdalena
06 Viscera Eyes
07 Day of the Baphomets
08 El Ciervo Vulnerado

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Estranho Universo de Matt Elliott


Não, a realidade não está derretendo... O arquivo não está corrompido ou com a rotação alterada; Esse barulhinho que você acabou de ouvir, não veio do quarto escuro à sua esquerda... Bem vindo ao estranho universo de Matt Elliott.
Surpreendente, muitas vezes assustador, seus discos são melancólicos ao extremo e podem te arrastar num vórtice de beleza e poesia desesperada. Todas as músicas são densas, cheias de símbolos e algumas como "The Kursk" (2005 - Drinking Songs), arrepiarão todos os seus pêlos; Foi escrita em homenagem aos 118 marinheiros que morreram por falta de socorro no submarino russo Kursk em agosto de 2000.
Numa mistura de viagens eletrônicas, violão folk, piano dramático e vocais com efeitos, Matt Elliott criou um trabalho único em que ele é um "one man band". Tudo é escrito, arranjado e executado por ele. Um dos fundadores do Third Eye foundation, só assumiu seu trabalho autoral depois do fim da banda em 2001.
O disco postado aqui para download é o primeiro albúm com o nome de Matt Elliot : The Mess We Made, de 2003. Atenção especial à belíssima "The Dog Beneath The Skin" e a tenabrosa "The Sinking Ship Song", com seus vocais bêbados e distorcidos que remetem a antigas baladas de piratas.
Esse é meu primeiro post e tive um pouco de receio de começar por Matt Elliot, mas não estou aqui para ser boazinha...
Então, engole o choro, espinha ereta, segure-se em algo bem firme, press start e deixe-se envolver pelo mundo belo e nebuloso desse fantástico artista.
                                                                            Dani.

Mais informações em: www.myspace.com/mattelliottmusic
                                  www.thirdeyefoundation.com/ 
                                  www.lastfm.com.br/music/Matt+Elliott 
The Mess We Made
1 "Let Us Break" – 7:00
2 "Also Ran" – 6:25 
3 "The Dog Beneath the Skin" – 7:50
4 "The Mess We Made" – 5:26
5 "Cotard's Syndrome" – 8:43
6 "The Sinking Ship Song" – 7:20
7 "End" – 2:52
8 "Forty Days" – 7:11
 

Poesia e Ironia

                                                                                                          The Real Tuesday Weld
O artista inglês Stephen Coates, líder de The Real Tuesday Weld, ao contar sobre como surgiu a banda, disse que teve sonhos muito "vivos" em duas noites seguidas. No primeiro ele conversava com o crooner dos anos 30 Al Bowlly e no segundo, ele se encontrava com a atriz Tuesday Weld. Esses sonhos, mais uma série de acontecimentos em um curto período o levaram a crer que seu inconsciente estava lhe dizendo para trabalhar com música. Coates, que é também cantor e multinstrumentista, reuniu-se com outros excelentes músicos e fundou no ano 2000 a banda Tuesday Weld, que depois mudou de nome para The Real Tuesday Weld. Clerkenwell Kid (como também é conhecido Coates) define o som da banda como Antique Beat, que é uma mistura de elementos dentre os quais a Dixieland do início do século XX, influência de Al Bowlly (obviamente) e de Brian Eno,  programações eletrônicas, samples, vocal que às vezes lembra Mark Sandman do Morphine e arranjos muito bem elaborados e de muita personalidade, onde belas melodias, por vezes até alegres são uma cama perfeita para a ironia das letras. Postarei a seguir o álbum mais recente, "The London Book Of The Dead" (2007). É só baixar e degustar.
Pablo
Mais informações: no site oficial  www.tuesdayweld.com
The London Book Of The Dead

1 Blood Sugar Love
2 The Decline and Fall of the Clerkenwell Kid
3 It's a Wonderful Li(f)e
4 Cloud Cuckooland
5  kix
6 Love Sugar Blood
7 I Loved London
8  I Believe
9 Song For William
10  Waltz For One
11 Ruth, Roses and Revolvers
12 Dorothy Parker Blue
13 Last Words
14  Into The Trees
15 Bringing the Body Back Home
16 Apart

TV ou rádio?

                                                                               TV On The Radio
Andava eu sufocado entre a repetição constante dos anos 90 e o resurgimento de bandas dos anos 80 (não tenho nada contra), porém sem perder as esperanças, quando, por obra do acaso, surge em minha vida o TV on The Radio trazendo novo fôlego para minha alma musical.
Formado em 2001 no Brooklin, Nova York, o TV On The Radio foi uma das minhas maiores surpresas neste início do século XXI. Os caras fazem um som com atmosfera e temática influenciadas pelo pós-punk, mas com boa dose de electro, e pitadas de soul, funk e trip hop. Tudo isso com muito experimentalismo, letras sarcásticas e vocais viscerais, com vocais de fundo na maioria das músicas dobrando o vocal principal numa oitava acima e que às vezes se desencontram dando um sentido meio caótico ao som. O álbum que vou aplicar hoje é o segundo lançado oficialmente, "Return To Cookie Mountain" (2006) que já começa com a base suja e dançante de "Wolf Like Me", muito divertida e que eu adoro tocar nas festinhas aqui em casa. Tem também a estranha melodia de "Province" que conta com vocais de David Bowie. Em "Playhouses" tem a bateria frenética que quase perde propositalmente o andamento. Na faixa bônus "Things You Can Do" destaca-se a cozinha e o naipe de metais, a partir da metade da música, mandando um som bem funkado. Enfim, o disco todo é sensacional e conta com participações, além do Tio Bowie, de Katrina Ford do Celebration em "Wolf Like Me", "Let The Devil In" e "Blues From Down There" e Kazu Makino do Blonde Rehead em "Hours".

Pablo
Tv On The Radio é:
Tunde Adebimpe - Vocais.
Kyp Malone - Vocais, guitarras, Baixos, Sintetizadores.
David Andrew Sitek - Programações, guitarras, samples, baixos, sintetizadores.
Jaleel Bunton - Baterias, guitarras, órgão, sintetizadores, baixos, programações.
Gerard A. Smith - Baixos, órgão, sintetizadores, samples.

Mais informações: no Wikipedia    pt.wikipedia.org/wiki/TV_on_the_Radio
                           no site oficial    www.tvontheradio.com
Return To Cookie Mountain 

01 I Was a Lover – 4:21
02 Hours – 3:55
03 Province – 4:37
04 Playhouses – 5:11
05 Wolf Like Me – 4:39
06 A Method – 4:25
07 Let the Devil In – 4:27
08 Dirtywhirl – 4:15
09 Blues from Down Here – 5:17
10 Tonight – 6:53
11 Wash the Day – 8:08
12 Snakes And Martyrs - 4:23
13 Hours (El-P Remix) - 4:27
14 Things You Can Do - 5:26

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

E o Radar chega com tudo

A partir do dia 17 de fevereiro, quarta feira, iniciaremos nossas transmissões. Não perca. 
Serão publicados novos artigos toda segunda. Até lá

Breve história sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani

Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani