quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Estranho Universo de Matt Elliott


Não, a realidade não está derretendo... O arquivo não está corrompido ou com a rotação alterada; Esse barulhinho que você acabou de ouvir, não veio do quarto escuro à sua esquerda... Bem vindo ao estranho universo de Matt Elliott.
Surpreendente, muitas vezes assustador, seus discos são melancólicos ao extremo e podem te arrastar num vórtice de beleza e poesia desesperada. Todas as músicas são densas, cheias de símbolos e algumas como "The Kursk" (2005 - Drinking Songs), arrepiarão todos os seus pêlos; Foi escrita em homenagem aos 118 marinheiros que morreram por falta de socorro no submarino russo Kursk em agosto de 2000.
Numa mistura de viagens eletrônicas, violão folk, piano dramático e vocais com efeitos, Matt Elliott criou um trabalho único em que ele é um "one man band". Tudo é escrito, arranjado e executado por ele. Um dos fundadores do Third Eye foundation, só assumiu seu trabalho autoral depois do fim da banda em 2001.
O disco postado aqui para download é o primeiro albúm com o nome de Matt Elliot : The Mess We Made, de 2003. Atenção especial à belíssima "The Dog Beneath The Skin" e a tenabrosa "The Sinking Ship Song", com seus vocais bêbados e distorcidos que remetem a antigas baladas de piratas.
Esse é meu primeiro post e tive um pouco de receio de começar por Matt Elliot, mas não estou aqui para ser boazinha...
Então, engole o choro, espinha ereta, segure-se em algo bem firme, press start e deixe-se envolver pelo mundo belo e nebuloso desse fantástico artista.
                                                                            Dani.

Mais informações em: www.myspace.com/mattelliottmusic
                                  www.thirdeyefoundation.com/ 
                                  www.lastfm.com.br/music/Matt+Elliott 
The Mess We Made
1 "Let Us Break" – 7:00
2 "Also Ran" – 6:25 
3 "The Dog Beneath the Skin" – 7:50
4 "The Mess We Made" – 5:26
5 "Cotard's Syndrome" – 8:43
6 "The Sinking Ship Song" – 7:20
7 "End" – 2:52
8 "Forty Days" – 7:11
 

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Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani