terça-feira, 27 de julho de 2010

Datarock

Imagine o Prince nascido na Noruega, com uns quilinhos a mais usando uma peruca do James Brown, track suit (dessas de moleton, bem anos 80, com capuz e tudo) vermelha e óculos escuros Porsche vintage estilo aviador fazendo o gesto da saudação dos vulcanianos. Bizarro? Se você não conseguiu imaginar tal criatura dê uma olhada na foto abaixo. Esta é a figura de Fredrik Saroea, frontman da banda Datarock.



Formado em 2000 na cidade de Bergen, Noruega por Fredrik Saroea e Ketil Mosnes (o outro cara da foto), além de Kevin O'Brien e Tom Mælandem (que posteriormente deixaram a banda), o Datarock é uma vitrine das próprias influências de seus integrantes, que incluem não apenas música, mas tudo o que os cerca. Seu estilo é uma mistura esquisita do som dos anos 70 e inicio dos 80 (soul, disco, post punk, new wave, no wave), a cultura nerd em geral (daí a adoção do cumprimento feito pelos conterrâneos do Sr. Spock) , street dance, BMX (bicicletas com rodas de 20 polegadas usadas em corridas com saltos e manobras radicais), arte experimental e tecnologia da informação. E suas letras falam sobre tudo isso. É demais. E o visual dos caras é o mesmo em todas as suas apresentações; sempre com o traje esportivo vermelho e tênis vermelhos.

Entre as bandas que mais influenciaram o som do Datarock está o Talking Heads. Há várias músicas que mostram sua idolatria pela banda como a "True Stories" do disco "Red"  que tem a letra composta por nomes de músicas de David Byrne e sua turma. 
Em 2005 eles lançaram o primeiro disco, "Datarock Datarock" em 10 países, pelo seu próprio selo, o YAP(Young Aspiring Professionals). Em 2009 veio o álbum "Red".

O disco que disponibilizarei é o primeiro, que teve suas faixas nas listas das mais tocadas na Inglaterra e Austrália. O disco começa com "Bulldozer" que fala da sua paixão por BMX, que segundo eles é melhor que sexo. Na música "Princess" há uma referência ao filme "Contatos imediatos de terceiro grau". Em "Fa-Fa-Fa", referência à "Psycho Killer" do "Talking Heads: 77", e em "Sex me Up" eles encarnam o próprio Talking Heads principalmente no vocal gritado e meio desafinado que no final do refrão solta um HEY!. "Computer Camp Love" fala de uma paixão nos anos 80 em um acampamento só de Nerds. A última, "The Most Beautiful Girl" tem uma atmosfera meio Kraftwerk com as baterias eletrônicas com sonoridade anos 70. Todas são dançantes, não dá pra ficar parado escutando. Enfim, esta é a salada bizarra que faz o som tão interessante do Datarock. Baixe o disco, ouça, divirta-se e comente. Até a próxima postagem. Vida longa e próspera.
                                                                                                                             Pablo


Datarock é:  Fredrik Saroea – Vocal, guitarra, bateria, teclados
                   Ketil Mosnes – baixo, teclados, backing vocal

Mais informações:  Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Datarock
                             MySpace: www.myspace.com/datarock
                             Site oficial: www.datarockmusic.com/
 Datarock Datarock
1. Bulldozer
2. I Used To Dance With My Daddy
3. Computer Camp Love
4. Fa-Fa-Fa
5. Princess
6. Ganguro Girl
7. See What I Care
8. Laurie
9. The New Song
10. Ugly Primadonna
11. Sex Me Up
12. The Most Beautiful Girl
13. I Will Always Remember You
14. Computer Camp Love (video)
15. Fa-Fa-Fa (video)
16. Bulldozer (video) 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

The Maccabees - Os ingleses ainda surpreendem!

                                                                The Maccabees

 Pois é; O rock inglês ainda pode surpreender. È o caso da banda do sul de Londres, The Maccabees.
Com o nome escolhido aleatoriamente ao abrir a bíblia, os caras se intitulam ateus e suas músicas nada tem a ver com motivos religiosos...
Considerados como Indie rock, vão muito além do som óbvio e das influências pós-punk, puramente dançantes. A estranha e bela voz do vocalista Orlando Weeks e atmosferas por vezes densas e angustiantes mescladas a momentos de doçura, garantem ao quinteto londrino um som cheio de identidade, onde também se pode perceber suas raízes.Ótimos arranjos, energia, boas letras e melodias completam o quadro.
O primeiro Single foi gravado em 2005 e o primeiro álbum, Colour It In foi lançado em 2007.
O disco escolhido para postagem, foi o segundo da banda: Wall Of Arms, lançado em 2009; Gosto de todas as músicas, mas particularmente da faixa 06, que me pegou desde o primeiro segundo de audição; Nas minhas pesquisas por aí na net, li sobre a banda e vi justamente o clipe de No Kind Words(faixa 06). Foi amor à primeira vista... È para mim um daqueles discos, que sempre tem que rolar para a galera e que ainda não me cansei de ouvir. Espero que vocês curtam. Até o próximo post,
                                                                                                               Dani.

The Maccabees è:

  • Orlando Weeks – Vocals and Guitar
  • Hugo White – Guitar
  • Felix White – Backing Vocals and Guitar
  • Rupert Jarvis – Bass
  • Sam Doyle – Drums
Mais informações:http://www.myspace.com/themaccabees
                           http://www.themaccabees.co.uk/

                  Download:                       
                                     01. Love You Better
                                     02. One Hand Holding
                                     03. Can You Give It
                                     04. Young Lions
                                     05. Wall Of Arms
                                     06. No Kind Words
                                     07. Dinosaurs
                                     08. Kiss And Resolve
                                     09. William Powers
                                     10. Seventeen Hands
                                     11. Bag Of Bones

Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani