quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Arcade Fire vai transmitir show ao vivo pela internet , HOJE dia 5.

Atenção galera! O Arcade Fire vai transmitir ao vivo no Youtube o show de seu novo disco "The Suburbs", através do canal Vevo,que é especializado em vídeos musicais.O show será dirigido pelo cineasta Terry Gilliam.
Embora não tenhamos ainda publicado aqui no Radar, uma resenha sobre a banda, muitos dos sons presentes aqui, tem relação direta com os caras canadenses. Eu os considero uma das melhores bandas na ativa hoje.
Se você vai ficar em casa, não vai a abertura do Fit (aqui em BH) e nem vai ver o debate presidencial, com certeza o melhor programa é esse! Horário de Brasília : 21 Horas.


 

terça-feira, 27 de julho de 2010

Datarock

Imagine o Prince nascido na Noruega, com uns quilinhos a mais usando uma peruca do James Brown, track suit (dessas de moleton, bem anos 80, com capuz e tudo) vermelha e óculos escuros Porsche vintage estilo aviador fazendo o gesto da saudação dos vulcanianos. Bizarro? Se você não conseguiu imaginar tal criatura dê uma olhada na foto abaixo. Esta é a figura de Fredrik Saroea, frontman da banda Datarock.



Formado em 2000 na cidade de Bergen, Noruega por Fredrik Saroea e Ketil Mosnes (o outro cara da foto), além de Kevin O'Brien e Tom Mælandem (que posteriormente deixaram a banda), o Datarock é uma vitrine das próprias influências de seus integrantes, que incluem não apenas música, mas tudo o que os cerca. Seu estilo é uma mistura esquisita do som dos anos 70 e inicio dos 80 (soul, disco, post punk, new wave, no wave), a cultura nerd em geral (daí a adoção do cumprimento feito pelos conterrâneos do Sr. Spock) , street dance, BMX (bicicletas com rodas de 20 polegadas usadas em corridas com saltos e manobras radicais), arte experimental e tecnologia da informação. E suas letras falam sobre tudo isso. É demais. E o visual dos caras é o mesmo em todas as suas apresentações; sempre com o traje esportivo vermelho e tênis vermelhos.

Entre as bandas que mais influenciaram o som do Datarock está o Talking Heads. Há várias músicas que mostram sua idolatria pela banda como a "True Stories" do disco "Red"  que tem a letra composta por nomes de músicas de David Byrne e sua turma. 
Em 2005 eles lançaram o primeiro disco, "Datarock Datarock" em 10 países, pelo seu próprio selo, o YAP(Young Aspiring Professionals). Em 2009 veio o álbum "Red".

O disco que disponibilizarei é o primeiro, que teve suas faixas nas listas das mais tocadas na Inglaterra e Austrália. O disco começa com "Bulldozer" que fala da sua paixão por BMX, que segundo eles é melhor que sexo. Na música "Princess" há uma referência ao filme "Contatos imediatos de terceiro grau". Em "Fa-Fa-Fa", referência à "Psycho Killer" do "Talking Heads: 77", e em "Sex me Up" eles encarnam o próprio Talking Heads principalmente no vocal gritado e meio desafinado que no final do refrão solta um HEY!. "Computer Camp Love" fala de uma paixão nos anos 80 em um acampamento só de Nerds. A última, "The Most Beautiful Girl" tem uma atmosfera meio Kraftwerk com as baterias eletrônicas com sonoridade anos 70. Todas são dançantes, não dá pra ficar parado escutando. Enfim, esta é a salada bizarra que faz o som tão interessante do Datarock. Baixe o disco, ouça, divirta-se e comente. Até a próxima postagem. Vida longa e próspera.
                                                                                                                             Pablo


Datarock é:  Fredrik Saroea – Vocal, guitarra, bateria, teclados
                   Ketil Mosnes – baixo, teclados, backing vocal

Mais informações:  Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Datarock
                             MySpace: www.myspace.com/datarock
                             Site oficial: www.datarockmusic.com/
 Datarock Datarock
1. Bulldozer
2. I Used To Dance With My Daddy
3. Computer Camp Love
4. Fa-Fa-Fa
5. Princess
6. Ganguro Girl
7. See What I Care
8. Laurie
9. The New Song
10. Ugly Primadonna
11. Sex Me Up
12. The Most Beautiful Girl
13. I Will Always Remember You
14. Computer Camp Love (video)
15. Fa-Fa-Fa (video)
16. Bulldozer (video) 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

The Maccabees - Os ingleses ainda surpreendem!

                                                                The Maccabees

 Pois é; O rock inglês ainda pode surpreender. È o caso da banda do sul de Londres, The Maccabees.
Com o nome escolhido aleatoriamente ao abrir a bíblia, os caras se intitulam ateus e suas músicas nada tem a ver com motivos religiosos...
Considerados como Indie rock, vão muito além do som óbvio e das influências pós-punk, puramente dançantes. A estranha e bela voz do vocalista Orlando Weeks e atmosferas por vezes densas e angustiantes mescladas a momentos de doçura, garantem ao quinteto londrino um som cheio de identidade, onde também se pode perceber suas raízes.Ótimos arranjos, energia, boas letras e melodias completam o quadro.
O primeiro Single foi gravado em 2005 e o primeiro álbum, Colour It In foi lançado em 2007.
O disco escolhido para postagem, foi o segundo da banda: Wall Of Arms, lançado em 2009; Gosto de todas as músicas, mas particularmente da faixa 06, que me pegou desde o primeiro segundo de audição; Nas minhas pesquisas por aí na net, li sobre a banda e vi justamente o clipe de No Kind Words(faixa 06). Foi amor à primeira vista... È para mim um daqueles discos, que sempre tem que rolar para a galera e que ainda não me cansei de ouvir. Espero que vocês curtam. Até o próximo post,
                                                                                                               Dani.

The Maccabees è:

  • Orlando Weeks – Vocals and Guitar
  • Hugo White – Guitar
  • Felix White – Backing Vocals and Guitar
  • Rupert Jarvis – Bass
  • Sam Doyle – Drums
Mais informações:http://www.myspace.com/themaccabees
                           http://www.themaccabees.co.uk/

                  Download:                       
                                     01. Love You Better
                                     02. One Hand Holding
                                     03. Can You Give It
                                     04. Young Lions
                                     05. Wall Of Arms
                                     06. No Kind Words
                                     07. Dinosaurs
                                     08. Kiss And Resolve
                                     09. William Powers
                                     10. Seventeen Hands
                                     11. Bag Of Bones

quinta-feira, 29 de abril de 2010

The Kills: O que não te mata, te fortalece!

                                                                          The Kills
 

 Um encontro apadrinhado pelo acaso, pode mesmo mudar as nossas vidas;
Esse é o caso da banda The kills.
A americana Alison"w"Mosshart ouviu alguém ensaiando num quarto de
hotel acima do seu; Era o Inglês Jamie"Hotel"Hince. Começaram, então,
a enviar os seus trabalhos por correio um para o outro, até que Alison resolveu
viajar para Londres para juntar-se a Jamie...Assim nascia o The Kills em 2000.
Juntos, eles descobriram muitas influências em comum; Ambos haviam
feito escola de arte e  tinham fixação por Andy Warhol e pela atriz
Edie Sedgwick e Velvet Underground; Se espelhavam em discos do Cabaret
Voltaire e Suicide e admiravam o movimento punk inglês e americano de raiz.
O som do The kills é um rock denso, cru e sexy, cheio de energia. A
mistura deu mesmo certo. Depois que você ouvir um primeiro disco,
considere-se fisgado; Vai querer baixar todos os outros.
O som deles é considerado como Indie, Pós punk, Lo-fi ,Garage rock,
Alternative... Considero que todos esses elementos estão presentes,com dosagens diferentes em cada disco. Mas o mais importante é que muito além de rótulos, o som do duo é carregado de
identidade, ousadia, novidade, energia criativa e uma pitada de ironia e
cinismo. E mais: se você gosta de bom rock vibrante, não vai
conseguir ficar parado. O disco para download colocado aqui é o
Midnight Boom de 2008, terceiro disco de estúdio da banda, que na
minha opinião é simplesmente ótimo, um dos melhores, embora todos os
outros incluindo os EP's e Singles, sejam muito bons.
Alison Mosshart atualmente também participa de uma super banda com
Jack White (do The White Stripes e The Raconteurs), Dean Fertita (do
Queens of the Stone Age) e Jack Lawrence (do The Raconteurs e The
Greenhornes), chamada "The Dead Weather", da qual falaremos também em breve.
Dica dada, agora e só aproveitar. Com vocês, The Kills!
                                                                                     Dani.
The Kills é:
Alison "VV" Mosshart(vocais e guitarra)
Jamie "Hotel" Hince (vocais, guitarra e bateria).

 Mais informacões:www.thekills.tv/
                            http://www.lastfm.com.br/music/The+Kills


                                                Download:

1. U.R.A Fever
2. Cheap and Cheerful
3. Tape Song
4. Getting Down
5. Last Day of Magic
6. Hook and Line
7. Black Balloon
8. M.E.X.I.C.O.C.U.
9. Sour Cherry
10. Alphabet Pony
11. What New York Used To Be
12. Goodnight Bad Morning

Os Nerds atacam novamente

                                                           Metronomy
Salve galera. Voltando a escrever depois de muito tempo. Estava com saudade e com os dedos implorando pra digitar algum texto mas como a vida anda uma correria louca para todos, peço desculpa por essa longa ausência e vamos ao que interessa. Música.
Conhece o Metronomy? Sempre que eu ouço essa banda inglesa eu viajo ao mesmo tempo em filmes de ficção científica com estética futurista, videoclipes cheios de luzes coloridas do anos 80, trilha sonora de jogos de Atari e histórias cyberpunks. Além disso as letras e o visual não deixam dúvidas: são NERDS mesmo. Se você gosta de música eletrônica ("de raiz") , computadores, videogames antigos, Blade Runner e principalmente de dançar, vai curtir esse som.
Metronomy surgiu em 1999 quando um cara chamado Joseph Mount começou de brincadeira a compor e gravar músicas usando seu computador. O resultado surpreendeu e ele resolveu lançar o álbum "Pip Paine (Pay The £5000 You Owe)" só com músicas instrumentais sob o nome Metronomy. Ao surgir um convite para tocar ao vivo surgiu também a necessidade de chamar outros músicos para executar as composições. Assim Oscar Cash e Gabriel Stebbing se juntaram a Joseph e o Metronomy se tornou uma banda realmente, com concepções de estética para os shows ao vivo com roupas que piscam, dancinhas e tudo mais.
Em 2008 lançaram "Nights Out", já um disco com canções em sua maioria, com Joseph assumindo os vocais principais. Em 2009 Gabriel saiu e a banda ganhou novos integrantes: o baixista Gbenga Adelekan e a baterista Anna Prior. Suas principais influências são David Bowie, Devo, Kraftwerk, Frank Zappa, New Order e Pavement.
O disco que vou postar é o "Nights Out". Vale a pena também ver os vídeos deles, muito legais, criativos... e NERDS. Destaque para a melodia simples e grudenta de "Radio Ladio".
Até mais.
                                                                                                Pablo 
Mais informações: no Site Oficial http://www.metronomy.co.uk/
                            no MySpace:  http://www.myspace.com/metronomy
                            no Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Metronomy
Nights Out
01 Nights Intro
02 The End Of You Too
03 Radio Ladio
04 My Heart Rate Rapid
05 Heartbreaker
06 On The Motorway
07 Side 2
08 Holiday
09 A Thing For Me
10 Back On The Motorway
11 On Dancefloors
12 Nights Outro

quinta-feira, 25 de março de 2010

Beirut: Caldeirão de culturas

                                                                                      Beirut
                               
  Beleza, doçura, delicadeza... Caldeirão de culturas. A "banda" de Zachary Francis Condon, é pura harmonia com inspiração muito forte na música folk do leste europeu, com suaves intervenções eletrônicas às vezes. World music? Sim, um pouco; mas não é só isso. Ouvir Beirut pode trazer sensações misturadas e estranhas. Melancolia, saudade de coisas que você não viu e lugares onde nunca esteve. Sempre que escuto Beirut sinto alegria de viagem... sabe como é? Você sentado em um carro vendo as paisagens passarem, o coração cheio de excitação prevendo os acontecimentos. O sol filtrado pelas nuvens, o vento fresco nos pulmões... Aquela pontinha de angústia de fim de tarde mesclada com os mistérios e emocões que a noite trará... Delícia para os sentidos, acalma o coração.
Depois de viajar pela europa e ter contato com a música balcânica, Zach Condon, um americano multi-instrumentista de Santa Fé, Novo México, criou o Beirut em 2006. As formações da banda não são fixas, já que o músico para gravar, se utiliza de poucos músicos pois toca quase todos os instrumentos. As apresentações ao vivo, são feitas com cerca de seis a doze músicos. Após ter sofrido um grave acidente no pulso e impedido de tocar guitarra passou a tocar trompete e Ukulelê (espécie de violão de quatro cordas, erroneamente conhecido como guitarra havaiana) instrumentos que junto com a percussão, o acordeon e os vocais são a base da identidade inconfundível da "banda". Entre as principais influências de Zach estão o Magnetic Fields e o Arcade Fire.
Beirut também tem belas capas e vídeos que valem a pena.
O disco postado aqui é o primeiro "Gulag Orkestar" de 2006 que é uma espécie de disco duplo pois no mesmo Cd há o EP "Lon Gisland".
Há sempre uma ocasião para se ouvir Beirut e isso é muito particular para cada pessoa. Espero que vocês possam curtir e acrescentar esse som como mais uma trilha sonora para a vida. Destaque para as belíssimas "Brandeburg" e "Elephant Gun, e a dramática "Bratislava". Os próximos discos "The Flying Club Cup" evocam a música francesa e o último disco lançado "March of the Zapotec" a música Mexicana.

Zach Condon é geralmente acompanhado por Perrin Cloutier (violoncelo / acordeão), Paul Collins (órgão / teclados / pandeireta / ukulele), Jason Poranski (bandolim / ukulele), Kristin Ferebee (violino), Jon Natchez (sax barítono / bandolim / Glockenspiel), Nick petree (bateria / percussão) e Kelly Pratt (trompete / euphonium), mais a ajuda de Jeremy Barnes e Heather Trost.
                                                                                                    Dani.
Para saber mais sobre Zach Condon e Beirut:www.beirutband.com/
                                     www.lastfm.com.br/music/Beirut/+wiki

                                                 Download:
                                                        
01. "The Gulag Orkestar" – 4:38
02. "Prenzlauerberg" – 3:46
03. "Brandenburg" – 3:38
04. "Postcards from Italy" – 4:17
05. "Mount Wroclai (Idle Days)" – 3:15
06. "Rhineland (Heartland)" – 3:58
07. "Scenic World" – 2:08
08. "Bratislava" – 3:17
09. "The Bunker" – 3:13
10. "The Canals of Our City" – 2:21
11. "After the Curtain" – 2:54
+
01. "Elephant Gun" – 5:48
02. "My Family's Role in the World Revolution" – 2:07
03. "Scenic World (Second Version)" – 2:53
04. "The Long Island Sound" – 1:18
05. "Carousels" – 4:23

Death in Vegas: Autenticidade

Inovar hoje em dia parecce uma coisa difícil, principalmente na música. Muitos dizem que "tudo já foi feito. Não há o que criar." Ora, a humanidade vem acumulando conhecimentos sobre diversas áreas desde que surgiu no planeta há milhares de anos e uma pessoa quando "cria" algo na verdade está utilizando estes conhecimentos como base. Tecnologias inovadoras hoje utilizam princípios estabelecidos há séculos. Na música não é diferente. Dá para fazer muita coisa com apenas sete notas musicais e as possibilidades não se esgotarão nunca. Além disso inovar não significa usar escalas que ninguém nunca usou (isso seria realmente impossível), usar timbres que ninguém nunca usou, colocar instrumentos inusitados em certos gêneros, fazer combinações esdrúxulas entre diferentes ritmos, ou falar de coisas que ninguém nunca falou. Inovar é antes de tudo encontrar a sua forma particular de se expressar, sua identidade. Não precisa ser "original" desde que seja "autêntico". 
As bandas e artistas, sobretudo hoje, são comparados entre si e a bandas e artistas anteriores. E essas comparações são importantes para se entender o som que fazem. Todos são uma mistura de suas experiências, seus gostos, etc. 
A música do duo inglês Death in Vegas nos mostra claramente suas influências, que são muitas: de Nina Simone a Fad Gadget, passando por Bo Diddley, Cowboy Junkies e Joy Division, citando apenas algumas. Apesar de tão evidentes, essas influências não atropelam a identidade forte da banda. que foi se definindo ao longo de sua história desde 1994 quando foi formada por Richard Fearless e Tim Holmes. No começo era uma mistura de hip hop, dub e electro que poderia facilmente ser classificado como trip hop. Após o primeiro álbum, "Dead Elvis" de 1997, a dupla entrou num processo de intensas experimentações. Como resultado deste processo lançaram em 1999 "The Contino Sessions". Em 2003 veio o terceiro "Scorpio Rising", (e é esse o disco que postarei hoje) no qual podemos ver finalmente um som maduro apesar do experimentalismo ainda muito presente. Chego à conclusão de que sua identidade é uma confusão coerente em constante mutação, com um disco em que as músicas passeiam por uma infinidade de estilos, mas são, cada uma bem definida, diferentes entre si e unidas pela temática pós punk. Psicodelismo, viagens eletrônicas, atitude punk, rock´n roll puro e simples, melodias sinistramente lindas e músicas para dançar. Tudo isso num único disco. Vale muito a pena. Escute bem e me fale.
                                                            Pablo
Mais informações: Wikipedia: pt.wikipedia.org/wiki/Death_in_Vegas
                             MySpace: www.myspace.com/deathinvegas
Scorpio Rising
  1. Leather
  2. Girls
  3. Hands Around My Throat
  4. 23 Lies
  5. Scorpio Rising
  6. Killing Smile
  7. Natja
  8. So You Say You Lost Your Baby
  9. Diving Waters
  10. Help Yourself

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pixies: Som velho, sempre novo.

                                                                               Pixies
 

Pixies:" Espécie de Elfos que habitam a Inglaterra, Irlanda e região da Cornualha. Eles são alegres e travessos, não são considerados muito perigosos, entretanto, suas brincadeiras podem ser muito pesadas e de mau gosto."

 As bandas que mais gostamos, são as mais difíceis de se escrever sobre. Pixies marcou a minha vida e é uma daquelas bandas que você sabe que vai ouvir ainda quando estiver velhinho... Se não ouviu falar, com certeza perdeu um dos melhores sons feitos nos anos 80 começo dos 90.
Depois das músicas enormes da época do progressivo, com suas elaborações e efeitos, o punk chegou para contestar e trouxe um som muito simples com músicas que em sua maioria não passavam de 3 ou 4 minutos de puro som cru e tosco. O bom e velho Rock'n'Roll quase desapareceu em sua forma pura, perdendo força e estilo nos anos 80.
Aí apareceram os Pixies, em 1985 para salvar a década da mediocridade, em termos de Rock.
Pós punk, Surf rock, Rock alternativo...Tudo isso, nada disso...não importa. O importante é que a música feita por Black Francis(ou Frank Black), Kim Deal, Joey Santiago e Dave Lovering, é uma mistura criativa e perfeita, melódica e insana. O vocal de Kim deal adoça o vocal maníaco de  Black Francis. Os temas das músicas não são muito comuns e falam de desde Ovnis, surrealismo (como na deliciosa Debaser que conta a história de um adolescente que acabou de ver o curta Um Cão Andaluz de Luís Buñuel e Salvador Dalí), violência física, surtos e imagens bíblicas... Toda essa piração convive em harmonia.
O som que era moderno para o começo da insossa época de 90, ainda é e não perdeu seu frescor, vigor e brilho.
Kurt Cobain admitiu uma vez que o Nirvana foi criado numa tentativa de imitar os Pixies... David Bowie fez cover de "Cactus" em seu disco Heathen...
Então se você curte bom rock e sempre busca novidades que te tragam um sopro novo, experimente ouvir os bons e velhos Pixies. Os discos postados são: (1989)Doolittle e (1990)Bossanova
                                                                                                                                 Dani.
Mais informações:pt.wikipedia.org/wiki/Pixies
                           www.lastfm.com.br/music/Pixies
                           http://www.beatrix.pro.br/mofo/pixies.htm

1. Debaser
2. I Bleed
3. Tame
4. Wave Of Mutilation
5. Here Comes Your Man
6. Dead
7. Monkey Gone To Heaven
8. Mr. Grieves
9. Crackity Jones
10. La La Love
11. You
12. There Goes My Gun
13. Baby
14. Hey
15. Gouge Away 

 
1. Cecilia Ann
2. Rock Music
3. Velouria
4. Allison
5. Is She Weird
6. Ana
7. All Over The World
8. Dig For Fire
9. Down To The Well
10. The Happening
11. Blown Away
12. Hang Wire
13. Stormy Weather
14. Havalina

Calor que vem do frio

                                                                   Handsome Furs

Pouco se ouve falar sobre o Canadá. É um país pacato, altamente desenvolvido e frio onde foram realizadas as últimas Olimpíadas de inverno (foi muito legal. Eu assisti). Ao longo de sua história vimos alguns poucos artistas se destacarem. Leonard Cohen, a banda Rush, Celine Dion e Alanis Morissette são exemplos destes. Atualmente, com a internet e seus mecanismos mais que eficientes de divulgação, temos a oportunidade de conhecer mais e melhor a música vinda daquele país multicultural. E a produção canadense anda de vento em popa. Há muitas bandas fazendo coisas muito boas. Falaremos de algumas delas. E a primeira é Handsome Furs, dupla formada em 2006 pelo guitarrista Dan Boeckner que também toca no Wolf Parade e sua esposa, a escritora e tecladista Alexei Perry. Seu som pode ser identificado como uma espécie de synthpop electro punk e seu primeiro disco lançado, Plague Park (2007) é pesado e intenso. Tem uma sonoridade crua, arranjos simples, belas melodias, vocais escuros e dramáticos como aqueles pós punks góticos, elementos folk e temas urbanos nas letras. O disco segue nessa linha do começo ao fim. O segundo, Face Control (2009) é um pouco mais leve e com bases dançantes que parecem até uma mistura de Depeche Mode, Goldfrapp, Love And Rockets e Clash. Esquisito? Acho que sim. O que sei com certeza é que não dá para ficar parado ouvindo essa dupla. Diversão garantida nas festas ou prazer hipnótico no escuro do seu quarto.
                                       Pablo
Mais informações: Wikipedia    http://en.wikipedia.org/wiki/Handsome_Furs
                             MySpace    http://www.myspace.com/handsomefurs
                             Site Oficial  http://handsomefurs.com
Plague Park
  1.  What We Had
  2. Hearts of Iron
  3. Handsome Furs Hate This City
  4. Snakes on The Ladder 
  5. Cannot Get Started
  6. Sing! Captain
  7. Dead + Rural
  8. Dumb Animals
  9. The Radio´s Hot Sun

Face Control
  1. Legal Tender
  2. Evangeline
  3. Talking Hotel Arbat Blues
  4. Passport Kontrol
  5. All We Want Baby Is Everything
  6. I´m Confused
  7. White City
  8. Nyet Spasiba
  9. Officer Of Hearts
  10. It´s Not Me, It´s You
  11. Thy Will Be Done
  12. Radio Kaliningrad

terça-feira, 9 de março de 2010

Páreo duro: Massive Attack X Portishead

Me desculpem pelo atraso na postagem da semana, oh, caros amigos. Mas aqui estou e para compensar falarei das duas mais importantes bandas do chamado Trip Hop. Mas antes, um resumo da história deste estilo também conhecido como o "Som de Bristol", referindo-se à cidade da Inglaterra onde surgiu. Você entenderá a importância disso quando eu falar das bandas.  
Trip Hop na verdade foi o nome usado pela revista Mixmag em 1995 para definir o álbum "Maxinquaye" do artista Tricky (Adrian Thaws). Apesar de o termo ter surgido apenas nesse momento, o estilo já vinha se formando desde meados dos anos 80. Nesta época Tricky fazia parte de um coletivo de DJs, MCs e cantores de Bristol chamado Wild Bunch, que já compunha usando o que seria a "base" do Trip Hop: música eletrônica com downbeats (batidas lentas), elementos do Hip Hop como scratches e tembém de Soul, Dub, Electropop e Acid Jazz. Um verdadeiro mexidão. No final da década o coletivo acaba e alguns de seus integrantes (inclindo Tricky) formam o Massive Attack que consolida o estilo com o álbum "Blue Lines" em 1991. No mesmo ano é formado o Portishead que traz seu ar obscuro e melancólico e consagra de vez a "música de Bristol", ainda sem um nome definido, ao lançar "Dummy" em 1994. Bem, agora todos já entendem mais ou menos o que é Trip Hop (procurem conhecer os artistas que citei)? Então vamos lá.
Resolvi escrever este artigo aproveitando o recente lançamento do álbum "Heligoland" do Massive Attack. Sendo assim, começarei falando do "dito cujo". Composto hoje apenas pela dupla 3D (Robert Del Naja) e Daddy G (Grant Marshall), essa banda que tinha ainda Tricky e Mushroom (Adrian Vowles) quando criada em 1988 (adivinhem onde), lançou no mês passado um álbum depois de sete anos desde o fraco "100th Window". Para quem conhece os trabalhos do Massive Attack nos anos 90, principalmente o excelente, assustador, extasiante e terrivelmente sensual "Mezzanine" de 1998, "Heligoland" soará como uma tentativa de retornar a essa época tão rica para o Trip Hop. Num aparente bloqueio criativo, os caras parecem desorientados num tempo previsto por eles em discos passados, deprimente e caótico. Preferiram não se aventurar por trilhas desconhecidas e levaram o Trip Hop ao fundo de um poço sem fundo. Mas o disco não é ruim. Os músicos continuam extremamente perfeccionistas e fazem um som de muita qualidade, com todos os detalhes nos seus devidos lugares. Algumas faixas me agradaram bastante como a primeira, "Pray for Rain" com vocal de Tunde Adebimpe do TV on The Radio, que traz um clima de deserto africano, angustiante. Ouça com um copo d'água do lado. "Babel" é um Drum'n Bass mais lento e com melodia grudenta e vocal delicado de Martina Topley-Bird que já trabalhou também com Gorillaz. Falando nisso, a música "Saturday Come Slow" tem vocal de Damon Albarn e um belo arranjo. Preste atenção (não precisa tanta) a "Rush Minute". Não parece "Bella Lugosi´s Dead" do Bauhaus? Vale a pena escutar, até mesmo para entender o que estou falando. E quem não conhece os trabalhos anteriores, procure e compare. O disco em si é muito bom, mas na história do Massive Attack decepciona, principalmente por eles terem ficado tanto tempo sem produzir nada. Já não é tão impactante quanto antes. Só espero que isso não continue nos próximos discos. Para ajudar na comparação, postarei também o "Mezzanine" que é o melhor disco destes ingleses.                                            
Ao contrário do Massive Attack, o Portishead resolveu fazer tudo diferente, e acabou rompendo completamente com o Trip Hop no seu álbum mais recente, "Third", lançado em 2008, após um hiato de quase dez anos. E deu certo. Nele vemos uma banda amadurecida e pronta para explorar novos horizontes, ou melhor, novas matas densas, escuras e frias, mas com algumas clareiras durante o percurso. O disco segue uma linha, não muito definida pelo fato de ser totalmente experimental, que passa pelo folk com violões dedilhados, arranjos ultra simples, sintetizadores anos 80 e músicas que lembram muito a dupla americana dos anos 60 Silver Apples (Falarei sobre eles algum dia) como a faixa "We Carry On" e a primeira, "Silence" que tem no começo uma frase em português: "Esteja alerta para a regra dos Três. O que você dá retornará para você. Essa lição você tem que aprender. Você só ganha o que você merece." Pesquisando na internet, eu vi que essa frase pode referir-se à Lei Tripla da religião Wicca. Enfim, os temas das letras continuam melancólicos, mas o fato de não se prender ao Trip Hop permite um passeio por uma variedade ritmica muito maior. Para ajudar na comparação também disponibilizarei o disco "Dummy" que é o primeiro do Portishead. Ouçam e tirem suas próprias conclusões. Abraços e até a próxima postagem.
                                                                                         Pablo
Portishead é: Beth Gibbons: Vocais
                    Geoff Barrow: Programação, samples, scratches, sintetizadores
                    Adrian Utley: Guitarras           
Mais informações: Portishead - Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Portishead
                                 MySpace:  http://www.myspace.com/portisheadalbum3
                                 Site Oficial: http://www.portishead.co.uk/
             Massive Attack - Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Massive_Attack
                                 MySpace:  http://www.myspace.com/massiveattack
                                 Site Oficial: http://massiveattack.com/
Third
01 Silence
02 Hunter
03 Nylon Smile
04 The Rip
05 Plastic
06 We Carry On
07 Deep Water
08 Machine Gun
09 Small
10 Magic Doors
11 Threads
Dummy
01 Mysterons
02 Sour Times
03 Strangers
04 It Could Be Sweet
05 Wandering Star
06 It´s A Fire
07 Numb
08 Roads
09 Pedestal
10 Biscuit
11 Glory Box
Heligoland
01 Pray For Rain
02 Babel
03 Splitting The Atom
04 Girl I Love You
05 Psyche
06 Flat Of The Blade
07 Paradise Circus
08 Rush Minute
09 Saturday Come Slow
10 Atlas Air
Mezzanine
01 Angel
02 Risingson
03 Teardrop
04 Inertia Creeps
05 Exchange
06 Dissolved Girl
07 Man Next Door
08 Black Milk
09 Mezzanine
10 Group Four
11 (Exchange)

segunda-feira, 8 de março de 2010

The Gossip: Liberdade de expressão e qualidade musical.

                                                                                                                                                        
                                                                                                The Gossip                                                     
 O trio norte-americano The Gossip foi para mim um achado. Gostei da música deles no primeiro momento em que a ouvi. O vocal poderoso e expressivo de Beth Ditto e as bases totalmente dançantes, com elementos que fundem Disco, referências Soul, e atitude Punk, me conquistaram.
Formado em 1999, na cidade de Olympia, são rotulados pela "imprensa musical" como Indie, Pós-Punk, Rock Alternativo e até Dance-Punk que eu nunca tinha ouvido falar. Fiquei pensando o que escrever sobre eles e cheguei a conclusão que não há muito a dizer, além é claro de ser uma ótima banda que faz música de  qualidade para curtir, dançar, ou simplesmente ouvir; Só ou bem acompanhado. O som é vibrante e sexy, os vídeos são bem legais e o visual deles não tem nada de convencional. Li algumas resenhas por aí na rede, quase todas fazendo alarde sobre o fato da vocalista Beth Ditto estar muito acima do peso e usar vestidos curtos, ser gay e ter atitudes "toscas" demais para uma moça... O que isso tem a ver com o som que eles fazem? Em que esses comentários poderiam ser relevantes numa análise musical? O mundo deve estar mesmo andando para trás, pois em vez de evoluirmos, nossos padrões de beleza são cada vez mais surreais e as pessoas tem se tornado a cada dia mais caretas e carentes de atitude, massificadas e idênticas. Música é arte, expressão e liberdade.  Chega de rótulos, modismos e coisinhas sem sal e politicamente corretas, ditadura da beleza e conceitos prontos do que deve ser Arte. Um viva às nossas diferenças que nos tornam únicos! Viva The Gossip!
                                                                                                                                                            Dani.
The Gossip é:
Beth Ditto: Vocais
Brace Paine: Guitarra/Baixo
Hannah Blilie: Bateria (Desde 2003)

Mais informações no site oficial www.gossipyouth.com/
Wikipédia:pt.wikipedia.org/wiki/The_Gossip 
Myspace:www.myspace.com/gossipband

O disco postado é Music For Men de 2009. Na capa a bela e andrógina baterista da banda Hannah Blilie.
 

1 - "Dimestore Diamond"
2 - "Heavy Cross"
3 - "8th Wonder"
4 - "Love Long Distance"
5 - "Pop Goes The World"
6 - "Vertical Rhythm"
7 - "Men In Love"
8 - "For Keeps"
9 - "2012"
10 - "Love and Let Love"
11 - "Four Letter Word"
12 - "Spare Me From The Mold"

terça-feira, 2 de março de 2010

James Brown Tupiniquim

                                                                           Gerson "King" Combo
 Você já ouviu falar do James Brown brasileiro? O Funk Soul Brother? Yeah, Brother!! God save the King: Gerson King Combo é o cara.
Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 1943, o ainda apenas Gérson Rodrigues Côrtes foi dançarino na época da Jovem Guarda e um dos precursores do movimento Black no Brasil. Cantou na banda de Wilson Simonal e ajudou a fundar a Banda Black Rio. Tão bom quanto Tim Maia ou Tony Tornado, mas, ao contrário destes, menos conhecido.
Partiu para carreira solo e passou a se chamar Gerson "king" Combo. Lançou em 1977 o primeiro disco solo: Gerson King Combo volume I (Na contracapa há um suposto telegrama assinado pelo próprio James Brown, dizendo: "Parabéns pelo excelente trabalho musical de Black Soul music no Brasil").
Em 1978 sai o volume II. Após gravar em 1984 o disco "Melô Do Mão Branca" o rei se recolheu, só reaparecendo nos anos 90 e voltando a fazer shows. Em 2001 lançou seu último disco: Mensageiro da paz.
Com muito estilo, sua capa preta e fazendo um som de primeira para quem curte Black Music em geral, é na minha opinião o nosso melhor representante deste estilo. Sua voz e seu suingue são irresistíveis e  nada deixa a dever a qualquer cantor de Soul/Black americano.
Suas letras falam do orgulho de ser um Black e pregam a paz e a tolêrancia entre as pessoas, seus estilos, diferenças e opções. Divertido, irreverente, suas músicas tem ótimos arranjos e se não fossem cantadas em português, você não saberia distinguir do original som Black americano.(Algumas até são cantadas em inglês).
Gerson King Combo ainda está na ativa, participando de vários projetos e já cantou com bandas como o Funk Como Le Gusta. Preparando um DVD que deve sair em breve, King Combo hoje toca acompanhado pela banda Supergroove.
Trilha para qualquer festa com a galera, o disco a ser postado aqui é o Gerson King Combo Volume I de 1977, mas todos são igualmente bons.
Bote a sua melhor "beca" e aumente o volume na clássica " Mandamentos Black". Daí você não pára mais. Não resista Brother, vamos dançar e curtir o som em paz e com respeito. Somos todos iguais, Brother!
            Dani
Mais sobre o Funk Brother Soul:www.myspace.com/gersonkingcombo
                                    http://www.lastfm.com.br/music/Gerson+King+Combo
 
  01- Mandamentos Black
02- Just For You
03- Andando Nos Trilhos
04- Esse é o Nosso Black Brother
05- Swing Do Rei
06- Hereditariedade
07- Foi Um Sonho Só
08- Uma Chance
09- God Save The King
10- Blows

Videos do Radar

Veja este clipe do Rockz e muitos outros videos no nosso canal no YouTube

Caros amigos

É importante dizer que nossa proposta aqui não é apenas disponibilizar material para download. Levamos a vossas senhorias nossas impressões e algumas informações históricas sobre bandas e artistas que são para nós preciosidades e gostaríamos principalmente de discutir sobre os sons que estão sendo baixados e ouvidos. Queremos saber suas impressões. Se você, caro amigo, baixou algum álbum que postamos, por favor, diga-nos algo. Deixe um comentário dizendo o que achou. Em breve criaremos uma página de discussões para isso mas, por enquanto pode deixar perguntas, sugestões, críticas, etc. Pode até meter o pau nas bandas. Leremos e responderemos a todos. Só não aceitaremos comentários pessoalmente ofensivos. Estes serão imediatamente deletados. Esperamos daqui para frente ver maior participação de nossos amigos nesse sentido. Contamos com vocês, ok? Forte abraço a todos.
Radar Ultrassônico

segunda-feira, 1 de março de 2010

Com vocês: Rockz!

                                                                          Rockz
 Hora de falar do rock feito em casa. O bom e velho rock brasuca. E é rock mesmo, sem demais rotulações, direto, básico. Mas nem por isso desinteressante. A banda carioca Rockz nos pega pela simplicidade e criatividade nas suas bases e pela sinceridade de suas letras. "A tão sonhada bicicleta", disco que postarei aqui logo abaixo, é punk nos temas, nada novos, mas abordados de uma forma diferente, com rebeldia, maturidade, e muito sentimento. Agressivo, irreverente, apaixonado, irônico, nonsense e visceral. Esse é o Rockz, levando a alma rock´n roll na bagagem. Não há muito o que dizer mesmo. Agora é só ouvir. Divirtam-se.

Rockz é:  Gabriel Muzak: Voz, Guitarra
                Nobru Pederneiras: Guitarra
                Daniel Martins: Baixo, Teclado
                Pedro Garcia: Bateria
         Pablo
Mais informações: MySpace  http://www.myspace.com/rockz1 
                      Trama Virtual  http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=41668
A Tão Sonhada Bicicleta
01 Paramédicos
02 Tô Planejando
03 Hare Hare
04 Todo Peso de Existir
05 Divertido e Veloz
06 Alienígenas
07 Bombardeio Cego
08 As Horas Passam Crazy
09 Toda Essa Vida

Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani