quinta-feira, 25 de março de 2010

Beirut: Caldeirão de culturas

                                                                                      Beirut
                               
  Beleza, doçura, delicadeza... Caldeirão de culturas. A "banda" de Zachary Francis Condon, é pura harmonia com inspiração muito forte na música folk do leste europeu, com suaves intervenções eletrônicas às vezes. World music? Sim, um pouco; mas não é só isso. Ouvir Beirut pode trazer sensações misturadas e estranhas. Melancolia, saudade de coisas que você não viu e lugares onde nunca esteve. Sempre que escuto Beirut sinto alegria de viagem... sabe como é? Você sentado em um carro vendo as paisagens passarem, o coração cheio de excitação prevendo os acontecimentos. O sol filtrado pelas nuvens, o vento fresco nos pulmões... Aquela pontinha de angústia de fim de tarde mesclada com os mistérios e emocões que a noite trará... Delícia para os sentidos, acalma o coração.
Depois de viajar pela europa e ter contato com a música balcânica, Zach Condon, um americano multi-instrumentista de Santa Fé, Novo México, criou o Beirut em 2006. As formações da banda não são fixas, já que o músico para gravar, se utiliza de poucos músicos pois toca quase todos os instrumentos. As apresentações ao vivo, são feitas com cerca de seis a doze músicos. Após ter sofrido um grave acidente no pulso e impedido de tocar guitarra passou a tocar trompete e Ukulelê (espécie de violão de quatro cordas, erroneamente conhecido como guitarra havaiana) instrumentos que junto com a percussão, o acordeon e os vocais são a base da identidade inconfundível da "banda". Entre as principais influências de Zach estão o Magnetic Fields e o Arcade Fire.
Beirut também tem belas capas e vídeos que valem a pena.
O disco postado aqui é o primeiro "Gulag Orkestar" de 2006 que é uma espécie de disco duplo pois no mesmo Cd há o EP "Lon Gisland".
Há sempre uma ocasião para se ouvir Beirut e isso é muito particular para cada pessoa. Espero que vocês possam curtir e acrescentar esse som como mais uma trilha sonora para a vida. Destaque para as belíssimas "Brandeburg" e "Elephant Gun, e a dramática "Bratislava". Os próximos discos "The Flying Club Cup" evocam a música francesa e o último disco lançado "March of the Zapotec" a música Mexicana.

Zach Condon é geralmente acompanhado por Perrin Cloutier (violoncelo / acordeão), Paul Collins (órgão / teclados / pandeireta / ukulele), Jason Poranski (bandolim / ukulele), Kristin Ferebee (violino), Jon Natchez (sax barítono / bandolim / Glockenspiel), Nick petree (bateria / percussão) e Kelly Pratt (trompete / euphonium), mais a ajuda de Jeremy Barnes e Heather Trost.
                                                                                                    Dani.
Para saber mais sobre Zach Condon e Beirut:www.beirutband.com/
                                     www.lastfm.com.br/music/Beirut/+wiki

                                                 Download:
                                                        
01. "The Gulag Orkestar" – 4:38
02. "Prenzlauerberg" – 3:46
03. "Brandenburg" – 3:38
04. "Postcards from Italy" – 4:17
05. "Mount Wroclai (Idle Days)" – 3:15
06. "Rhineland (Heartland)" – 3:58
07. "Scenic World" – 2:08
08. "Bratislava" – 3:17
09. "The Bunker" – 3:13
10. "The Canals of Our City" – 2:21
11. "After the Curtain" – 2:54
+
01. "Elephant Gun" – 5:48
02. "My Family's Role in the World Revolution" – 2:07
03. "Scenic World (Second Version)" – 2:53
04. "The Long Island Sound" – 1:18
05. "Carousels" – 4:23

Um comentário:

  1. Sentidos a flor da pele é o que essa banda me provoca.Adorei a comparação com os sentidos relacionados a se viajar, expressa bem o espírito da banda.
    Parabens Radar!
    Cada vez melhores informações e sons fantásticos.
    Aquilante.
    Ate breve...

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Breve História sobre o Radar

Desde o começo, nos percebemos diferentes. Eu, por exemplo, guardava o dinheiro do lanche para ir à banca da esquina comprar revistas de rock depois da aula. Estudava as bandas que gostava e pesquisava o que eles teriam ouvido, começando assim um ciclo infinito, onde tudo o que eu curtia, acabava se encontrando em algum lugar.
Na adolescência as coisas pioraram... Sem gastar dinheiro com roupas e longe de ser uma garota normal, já começava a ter uma boa coleção de músicas: alguns vinis e muitas fitas, algumas gravadas de rádio depois de horas atenta esperando tocar "aquela banda". Comecei a copiar fitas para os amigos, fazia coletâneas e era sempre a DJ das festas, enquanto as amigas paqueravam os gatinhos.
Com o tempo, fiz bons amigos por intermédio da música, briguei e fiz sacrifícios pessoais por amor a ela. Um vício.
Nos conhecemos falando de música. Nos reconhecemos, aliás. No começo eram dialógos mais ou menos assim:
- Você conhece tal banda?
- Uhum.
- E fulano?
- Uhum.
E para testar, arriscava um artista quase desconhecido e perguntava de novo. E de novo: - Uhum.
Era verdade.
Hoje temos um enorme e interessante acervo, fruto de anos de pesquisa e prazer. Sempre aplicamos os amigos com novidades e raridades. Dividimos tudo com alegria e como um radar, continuamos atentos às coisas que surgem. Decidimos fazer isso em escala bem maior e assim surgiu a idéia do Radar Ultrassônico: continuar captando, decodificando e transmitindo o que rola pelo mundo da música para quem, como nós, é louco por música. Postaremos sempre uma resenha sobre a banda, artista, projeto, etc, com referências sempre que possível, acompanhada de arquivos para download. Então, sintam-se à vontade para consultar as referências, baixar os arquivos, deixar comentários, perguntas, críticas, sugestões, etc. Tudo será lido e respondido.
Todas as opiniões contidas neste blog são frutos de experiências, observações e impressões pessoais e não são necessariamente baseadas em rótulos pré-estabelecidos como por exemplo PUNK, PROGRESSIVO, INDIE, etc.
Então... Sejam bem vindos. Com ou sem aditivos, relaxem, divirtam-se e boa viagem!
Olhos e ouvidos atentos ao radar!
Dani